Quando se
tem uma personalidade um pouco perfeccionista fica complicado entender algumas
bagunças do mundo. Dói um tanto querer consertar algumas coisas e aceitar que
em grande medida eu não vou conseguir mover um dedinho do lado de lá...
Três
notícias hoje me derrubaram. Não vou postá-las porque elas não tem data...
acontecem a tempo pelas terras tupiniquins, e muito provável também no mundão
afora.
-Homofobia,
racismo, violência policial.
Todo dia
acontece. Todo dia chega até nós. Todo dia tem alguém reproduzindo o mal,
aquele mal enraizado nos costumes, nas mentes e infelizmente nos corações.
No meu
primeiro ano de faculdade tinha uma professora de Antropologia que me causava
comoção, ora pelas aulas que desconstruíam meus paradigmas, ora por sua postura
enquanto ser humano. Carregava o peso do mundo nos ombros. Não ouviu o conselho
de Paul à Jude.
“And anytime you feel the pain
Hey, Jude, refrain
Don't carry the world upon your
shoulders.”
Sentia um
medo danado: “Maluzinha, será que vamos ficar como ela? Pessoas simples e
humildes para além dos muros dessa academia são tão mais felizes...”
Mas o que é
ser feliz? (pergunta do tamanho do mundo e que me dá MEDO)
Será que
felicidade mesmo é só aquela no nosso mundinho, com o nosso amorzinho?
Não dá pra
ser feliz pela metade. Não dá pra ser feliz pela metade.
Eu sei que
as ciências sociais é um caminho sem volta (com concordância ou sem
concordância), mas....
Será que na
roda do mundo a gente não esquece um pouco do doce de ser feliz e de aprender a
aceitar aquilo que não se pode mudar?
Então,
enquanto as desigualdades e injustiças continuarem gritando, um abraço pra
esquentar o peito já recarrega a bateria do coração de pilha, que não é de
papel, mas amolece fácil.
Aí um
passarinho me disse que seu psicólogo aconselhava a ouvir esta música quando as
coisas estivessem mal:
Nenhum comentário:
Postar um comentário