segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Hey Jude!

Quando se tem uma personalidade um pouco perfeccionista fica complicado entender algumas bagunças do mundo. Dói um tanto querer consertar algumas coisas e aceitar que em grande medida eu não vou conseguir mover um dedinho do lado de lá...
Três notícias hoje me derrubaram. Não vou postá-las porque elas não tem data... acontecem a tempo pelas terras tupiniquins, e muito provável também no mundão afora.
-Homofobia, racismo, violência policial.
Todo dia acontece. Todo dia chega até nós. Todo dia tem alguém reproduzindo o mal, aquele mal enraizado nos costumes, nas mentes e infelizmente nos corações.
No meu primeiro ano de faculdade tinha uma professora de Antropologia que me causava comoção, ora pelas aulas que desconstruíam meus paradigmas, ora por sua postura enquanto ser humano. Carregava o peso do mundo nos ombros. Não ouviu o conselho de Paul à Jude.
“And anytime you feel the pain
Hey, Jude, refrain
Don't carry the world upon your shoulders.”
Sentia um medo danado: “Maluzinha, será que vamos ficar como ela? Pessoas simples e humildes para além dos muros dessa academia são tão mais felizes...”
Mas o que é ser feliz? (pergunta do tamanho do mundo e que me dá MEDO)
Será que felicidade mesmo é só aquela no nosso mundinho, com o nosso amorzinho?
Não dá pra ser feliz pela metade. Não dá pra ser feliz pela metade.
Eu sei que as ciências sociais é um caminho sem volta (com concordância ou sem concordância), mas....
Será que na roda do mundo a gente não esquece um pouco do doce de ser feliz e de aprender a aceitar aquilo que não se pode mudar?
Então, enquanto as desigualdades e injustiças continuarem gritando, um abraço pra esquentar o peito já recarrega a bateria do coração de pilha, que não é de papel, mas amolece fácil.

Aí um passarinho me disse que seu psicólogo aconselhava a ouvir esta música quando as coisas estivessem mal:


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