terça-feira, 31 de julho de 2012

Retomando...


A cidade me engoliu, por um momento.
Nesse “engolimento” acho que não parei para refletir pois a vivência cansada, nas horas livres quer apenas se entreter, ver novela, conferir atualizações facebookianas, ir ao cinema, comer um fastfood. Sabendo das implicações de tudo isso, parece que agora a velocidade começa a diminuir. Não só porque acabei de desfrutar de umas férias proveitosas, as férias mais esperadas e merecidas da minha vida, num ano onde trabalhar e estudar numa grande cidade desconhecida me fez sentir na pele o que é o tão esperado fim de semana burguês, mas também porque agora eu já conheço o caminho de casa. Conhecendo o caminho de casa consigo olhar as coisas com um pouco mais de alteridade. 
É incrível tudo o que São Paulo tem feito em mim. Ainda assim não se tornou o lugar mais querido do mundo. A verdade é que com 25 anos, tenho medo, já que parece não existir esse “lugar mais querido”, ou situação mais confortável possível. Estou confortável, bem instalada, me identificando com o lugar, as pessoas... mas é justamente esse ajuste confortável que às vezes me preocupa. 
A vontade de postar algo aqui veio por dois motivos: o lindo show da Mallu Magalhães  no SESC Vila Mariana, e o filme One Day (foto acima), numa madrugada de insônia. 
O show da Mallu me deu vontade de fazer música, criar algo, porque tudo ali parecia tão simples e espontâneo. O filme Onde Day me despertou para o fato de que não encerramos nossa vida em apenas uma escolha. Ás vezes, nós mulheres, procuramos por segurança porque socialmente nos foi imposto esta busca, mas talvez estejamos em um momento onde a segurança é que deve incomodar. Se tudo se acomoda, se tudo está seguro, alguma coisa está errada. Fico a refletir sobre este destino... que não se fecha, mas parece nos aprisionar muitas vezes. 
Para que caminho estou seguindo?

2 comentários:

  1. Acomodar também é caminho.
    Eu sei o que você sente, porque acomodação é o que mais me assusta no mundo. Mas, eu já decidi que dentre todos os coelhos brancos que se acomodam dentro da gaiola, vou ser aquele que consegue pegar a cenoura lá do alto. E que, pelo grande feito, vai ser tingido de vermelho pra se diferenciar do grupo, mas vai ser atacado pelos outros. Aprendi essa com um iraniano chamado Nassim Soleimanpour. Você devia conhecê-lo. Procure-o no facebook me seus momentos de folga.

    Abraços.

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